Planejamento e acompanhamento de obra

A indústria da construção tem sido um dos ramos produtivos que mais vem sofrendo alterações substanciais nos últimos anos. Com a intensificação da competitividade, a globalização dos mercados, a demanda por bens mais modernos, a velocidade com que surgem novas tecnologias, o aumento do grau de exigência dos clientes – sejam eles os usuários finais ou não – e a reduzida disponibilidade de recursos financeiros para a realização de empreendimentos, as empresas precisam investir em gestão e controle de processos , pois sem essa sistemática gerencial os empreendimentos perdem de vista seus principais indicadores: o prazo, o custo, o lucro, o retorno sobre o investimento e o fluxo de caixa. Informação rápida e pronto para uso é um insumo que vale ouro.

Nesse contexto, o processo de planejamento e controle passa a cumprir papel fundamental, na medida em que tem forte impacto no desempenho da produção.

Planejar é garantir de certa maneira a capacidade de ter respostas rápidas e certeiras por meio do monitoramento da evolução do empreendimento.

Principais benefícios que o Planejamento e acompanhamento de obra traz:

·      Conhecimento pleno da obra

·      Detecção de situações desfavoráveis

·      Agilidade de decisões

·      Relação com o orçamento

·      Otimização da alocação de recursos

·      Referência para acompanhamento

·      Padronização

·      Referência para metas e marcos

·      Documentação e rastreabilidade

·      Criação de dados históricos

·      Profissioalismo

Roteiro do Planejamento

O roteiro do planejamento contém os seguintes passos:

·      Identificação das atividades

·      Definição das durações

·      Definição da precedência

·      Montagem do diagrama de rede

·      Identificação do caminho crítico

·      Geração do cronograma e cálculo das folgas

Estrutura analítica do projeto

Para se planejar uma obra é preciso subdividi-la em partes menores. Esse processo é chamado de decomposição. Por meio da decomposição, o todo – que é a obra em seu escopo integral – é progressivamente desmembrado em unidades menores e mais simples de manejar. Os grandes blocos são sucessivamente esmiuçados, destrinchados na forma de pacotes de trabalho menores, até que se chegue a um grau de detalhe que facilite o planejamento no tocante à estipulação da duração da atividade, aos recursos requeridos e à atribuição de responsáveis.

A estrutura hierarquizada que a decomposição gera é chamada de Estrutura Analítica do Projeto (EAP).

Orçamento de Obras

Só existe condição de se montar um orçamento detalhado e fidedigno se o projeto contiver um grau de desenvolvimento e detalhamento suficiente para a completa estimativa de custo da obra.

Precisão do Orçamento

Define-se precisão com a faixa de variação admissível, para mais ou para menos, do orçamento inicial em relação ao orçamento real da obra, obtido com base nos custos efetivamente enfrentados pelo construtor após a conclusão da obra.

Temos os seguintes tipos de orçamentos:

Orçamento

Uso

Estimativa de custo

Possibilita a análise da viabilidade dos empreendimentos e a escolha da alternativa a ser desenvolvida na etapa de detalhamento dos projetos sem impor o elevado ônus da elaboração de um orçamento.

Preliminar

Costuma ser utilizado na fase de anteprojeto. O grau de incerta é menor, mas pode-se fazer uso do levantamento expedito de algumas quantidades e atribuição de custo de alguns serviços.

Detalhado

Este orçamento é montado na fase do projeto básico ou executivo e procura chegar a um valor bem próximo do custo “real” com uma reduzida margem de incerteza.

Acompanhamento da obra

O acompanhamento físico de uma obra é a identificação do andamento das atividades e a posterior atualização do cronograma.

Razões para o acompanhamento

·      As atividades nem sempre são iniciadas na data prevista

·      As atividades nem sempre são concluídas na data prevista

·      Ocorrem alterações de projeto que impactam na execução das tarefas

·      Ocorrem flutuações de produtividade que alteram a duração das atividades

·      A equipe decide mudar a sequencia executiva de alguns serviços

·      A equipe decide mudar o método construtivo de alguma parte da obra

·      Ocorrem fatores que, embora previsíveis, não são mostrados de maneira precisa no cronograma, como chuvas, cheias, etc.

·      Ocorrem fatores imprevisíveis que interferem na execução de serviços: greves, paralisações, interferências de terceiros, acidentes, etc.

  ·      Faltam atividades no planejamento (escopo incompleto), ou que há atividades a mais (escopo incompleto)

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Planejamento e Acompanhamento de Obra

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